O Dogma segundo Lone
Aos 42 anos, Lone Scherfig é autora de dois filmes memoráveis na esfera cinéfila (The Birthday Trip e On Our Own). Assinou também vários trabalhos para a rádio, televisão e teatro. Hoje, o seu belo ITALIANO PARA PRINCIPIANTES ganhou o Urso de Prata do último festival de Berlim.
O que é que a seduzia na realização de um filme Dogma?
Lone Scherfig – Primeiro, poder fazer o que queria. (...) Depois, a ligeireza da produção. Do primeiro dia do argumento até ao último dia de montagem, as coisas desenrolaram-se incrivelmente rápido. Não tive que sofrer o peso de uma produção “normal” onde, por vezes, ficamos vários dias a rodar uma cena de um minuto.
Lars von Trier interveio muito?
Lone Scherfig – Estudámos na mesma escola de cinema. Pertencia ao ano anterior ao meu. Produziu também uma das minhas séries de televisão. Lars comportou-se comigo como um colega. É um excelente produtor. Conhece de cor as três versões sucessivas do argumento. E pode dar-me conselhos sensatos sobre o sítio em que colocar esta ou aquela cena.
O seu filme prefere o humor ao drama...
Lone Scherfig – O que eu temo sobretudo é a pretensão.
Porque este fascínio pela Itália?
Lone Scherfig – Fantasma escandinavo... Mas, enfim, tinha vontade de filmar
O. D. B., Première
Janeiro 2002
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