Wednesday, March 23, 2005

Cidade de Deus

Realizador: Fernando Meirelles
Intérpretes: Alexandre Rodrigues, Leandro Firmino da Hora, Seu Jorge, Matheus Nachtergaele, Phellipe Haagensen, Jonathan Haagensen, Douglas Silva, Roberta Rodrigues
Brasil, 2002

Buscapé é um rapaz pobre e muito sensível que cresceu num ambiente bastante violento. Apesar de pensar que tudo e todos estão contra ele, descobre que pode ver a vida com outros olhos: os de um artista. Acidentalmente, torna-se fotógrafo profissional, e começa a sua libertação.

Mas Buscapé não é o verdadeiro protagonista do filme: não é o único que faz a história desenrolar; não é o único que determina os acontecimentos principais. No entanto, não só a sua vida está ligada com os acontecimentos fulcrais da história, como também, é através da sua perspectiva que entendemos a humanidade existente, em um mundo aparentemente condenado por uma violência infinita.

Cidade de Deus é a epopeia de uma humanidade sem disfarce – violenta, sofredora, impiedosa, surpreendentemente solidária, brutal e sanguinária!

CABELEIRA: Alô Berenice. É o seguinte, vou te mandar uma letra invocada agora. Pô mina...já viu falar em amor à primeira vista?
BERENICE: Malandro não ama, malandro só sente desejo.
CABELEIRA: Assim não dá prá conversar...
BERENICE: Malandro não conversa, malandro desenrola uma idéia.
CABELEIRA: Pô! Tudo que eu falo, tu mete a foice!
BERENICE: Malandro não fala, malandro manda uma letra!
CABELEIRA: Vou parar de gastar meu português contigo que tá foda.
BERENICE: Malandro não para, malandro dá um tempo.
CABELEIRA: Falar de amor contigo é barra pesada.
BERENICE: Que amor que nada. Tu tá é de sete-um!
CABELEIRA: É que o otário aqui te ama!

MENINO 1: O negócio é tóchico, tá ligado?
MENINO 2: Tu quer ser traficante, tem que começar de avião, morou?
MENINO 1: Essa onda de avião é roubada. Até pegar consideração para ser vapor, depois segurança e depois gerente, demora a maior etapa.
MENINO 2 : Tu vai fazer como? Tem que esperar eles morrer...
MENINO 1: Tô fora! Vou fazer como o Pequeno fez: tem que passar todo mundo e pronto!

FILÉ COM FRITAS: Meu irmão, eu fumo, eu cheiro, já roubei, já matei... Não sou criança não. Sou sujeito homem.

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