Friday, March 24, 2006

Abril | Ciclo "Ideais"

06_ABR:
Diários de Che Guevara de Walter Salles

13_ABR:
Os Sonhadores de Bernardo Bertolucci

20_ABR:
A Insustentável Leveza dos Ser de Philip Kaufman

27_ABR_Em_Órbita:
Ao Encontro de Fidel de Oliver Stone

Monday, March 20, 2006

Corre Lola Corre / Run Lola Run

Realizado por Tom Tykwer
Alemanha, 1998

Todos os dias a cada segundo podes tomar uma decisão que mudará para sempre a tua vida.
Manni (Moritz Bleibtreu), um estafeta de um grande gangster, está à espera da sua namorada, Lola (Franka Potente). Tem em mãos um transporte como tantos outros que fez até aquele dia. Porém, desta vez, a sua namorada está atrasada, e devido a vários golpes de azar, Manni perde o dinheiro. Lola terá de ir buscar Manni e no caminho arranjar os 100000 marcos que têm de entregar dentro de vinte minutos. Uma corrida pela cidade onde a mais pequena decisão poderá ser de vida ou de morte.

Friday, March 10, 2006

Colisão / Crash*

Realizado por Paul Haggis
EUA, 2005

'Crash' é uma película que segue o esquema de cruzamentos de filmes como 'Magnolia', de Paul Thomas Anderson, e que se foca na questão do racismo na cidade de Los Angeles. Escrito e realizado por Paul Haggis, o argumentista de 'Million Dollar Baby' (Óscar para Melhor Argumento 2005), este transformou-se rapidamente num dos mais aclamados filmes do ano.

Doze personagens insólitas cruzam-se nesta película mas o que será que têm em comum? Eles são um casal americano comum, um persa dono de uma loja, dois polícias, um africano, director de uma estação televisiva, um mexicano, dois ladrões de automóveis, um polícia a começar a carreira e um casal coreano de meia-idade.
À partida, estas pessoas partilham apenas o facto de viveram em Los Angeles, mas nas próximas 36 horas todos eles vão 'colidir' e estes serão forçados a relacionar-se.
Este drama urbano gira à volta das encruzilhadas inconstantes de um conjunto de personagens multi-étnico que luta para dominar os seus medos... Ousado e polémico, 'Crash' lança um olhar provocador e inflexível às complexidades da tolerância racial na América contemporânea.
De louvar o facto de o autor ter optado por não transmitir uma moral absoluta, optando pela posição politicamente correcta: a de que entre vítima e agressor, não existem respostas fáceis.
*Óscar 2006 para: Melhor Filme, Melhor Argumento Original e Melhor Montagem

Friday, March 03, 2006

21 Gramas

Realizado por: Alejandro González Iñárritu
EUA, 2003

Eles dizem que todos nós perdemos 21 gramas no exacto momento em que morremos... todos nós.

O peso de um punhado de moedas.
O peso de um chocolate.
O peso de um pequeno pássaro...


Em 21 Gramas, o peso que um corpo perde no momento da morte, cruzam-se três histórias, concorrendo para um final inevitável em que alguém perderá os seus vinte um gramas ao exalar o último suspiro, a derradeira morte anunciada desde o início do filme e que surge na senda de outras, pontuando o filme ao longo de um trajecto familiar a Iñárritu e a quantos apreciam o seu cinema musculado, dorido e desencantado.

Da sua cama de hospital e perdida toda a esperança, Paul Rivers (Sean Penn) relata-nos o que o levou até ali, numa espera conformada que apenas terminará no final do filme. Fala-nos do coração destruído pelo tabaco, da operação redentora, do desejo de descobrir o dador, do afastamento que se vai instalando entre si e a sua companheira Mary (Charlotte Gainsbourg) que acaba deixando-o e regressando à Europa natal.


Através do seu relato, conhecemos Jack Jordan (Benicio Del Toro), um ex-criminoso reabilitado e redimido pela Fé, em conflito com os seus tutores e discípulos, com a mulher (Melissa Leo) e os filhos, um homem cuja vida se irá cruzar com a de Paul pelas piores razões, apressando o fim deste e inflamando a sua alma com uma imensa e insolúvel culpa.


Cristina Peck (Naomi Watts) completa o triângulo, ao perder o marido e as filhas num acidente estúpido que lhe destruirá a vida e a precipitará nas vidas de Paul e Jack, embora por razões diversas e antagónicas.
É um círculo de violência, ódio, amor e morte que só abranda quando alguém tomba, enredando os personagens num emaranhado sem saída...